233 graus Celsius, ou 451 Farenheit

Farenheit 451A 451 graus Farenheit, o papel entra em combustão. Os livros queimam. Em “Fahrenheit 451”, Ray Bradbury nos apresenta uma sociedade distópica na qual os livros são proibidos (afinal, quer algo que faça pensar mais que um livro?). Nesse lugar, a profissão dos bombeiros não é apagar incêndios; é queimar livros (talvez a palavra “fireman” nuca tenha sido usada num sentido tão literal…). Até que um desses bombeiros resolve dar uma espiadinha num daqueles objetos tão abjetos, os livros. E se apaixona por eles, evidentemente.

Perseguido a partir de então por passar a esconder livros em casa, foge da cidade e encontra uma comunidade de “expatriados” que, para preservar o conteúdo dos livros, adota uma inusitada ideia: cada pessoa decora uma obra inteira, e passa a ser chamada pelo nome do livro, e não mais por seu nome de nascença. Assim, mesmo queimadas as edições em papel, elas seguiriam vivas na memória de cada um deles.  Continuar lendo “233 graus Celsius, ou 451 Farenheit”